terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Feliz vida nova

Começo de ano, época de renovar ideias e descobrir (ou redescobrir) ideais. Dentro de todos os balanços que fazemos durante 365 dias, esse é mais do que esperado, não é mesmo?
“Afinal, o que fiz por mim em 2014 e o que farei agora, nessa nova chance de 2015?”. “Começarei uma nova dieta?”, “Assistirei mais televisão ao lado dos meus pais?”, “Fecharei todos os ciclos abertos no decorrer do dia?”.

Lembro-me com exatidão de uma das três únicas perguntas que fiz ao meu médico no instante em que recebemos o diagnóstico:
- Dr. Fábio, seria muito pedir uma semana para pensar sobre tudo isso...?
E é exatamente ai que pacientes e seres comuns habitantes nesse grande planeta encontram-se e misturam: Nessa mesma magia dos planos, do fazer diferente... Do “quanto vale mesmo a minha vida?!”, nasce junto a coragem um desejo de renascimento, de (auto)cuidado... Nesse instante, a gente passa a rever alguns valores e conceitos, mudar algumas teorias, correr contra o tempo e – numa tentativa meio boba, até – reconstruir o passado.

2014 terminou e arrependo-me de não ter feito muitas coisas, como me havia prometido: Ainda não ando de bicicleta, não tenho uma sobremesa eleita como “a favorita” e não aprendi a correr mais que 500 metros sem precisar de socorro médico. São coisas pequenas, eu sei, mas não gostaria de “voltar para casa” sem ter experimentado o sabor da conquista de cada uma dessas sensações. Em contrapartida, fiz algo por mim que merece ser contemplado diariamente: Eu me permiti!
Me permiti ser mais madura dentro da minha casa e no trabalho, a dizer às pessoas como verdadeiramente me sinto e, mais do que isso, passei a compreendê-las (o que confesso, diminuiu consideravelmente a porcentagem de chateação e frustração em alguns fatos e situações). Mais do que isso - e muito longe de ser o menos importante - me permiti namorar um rapaz incrível, mesmo depois de ter jurado só me relacionar com alguém após o término do tratamento.

O prêmio pela minha coragem? Viver momentos e conhecer pessoas inesquecíveis. E esse texto existe para agradece-las, então: família que Deus me deu, família que Deus me presenteou: muito obrigada pelo milagre da vida de cada um de vocês.
No fim, meu balanço do ano está repleto de cores e movimento. O que aprendi a apreciar com muita temperança, graças a paciência de saber que cada minuto é único, assim como as pessoas e a atenção que posso render a cada uma delas. Em 2014, ganhei outros prêmios. Foi meio maluco subir em plena Sala São Paulo ao lado do João Carlos Martins para receber um troféu como “Excelência mulher”. Santa mãe de Deus, eu! Que me sinto ainda tão pequena... Em 2014, perdi pessoas que a dor causada pela falta da textura da pele ainda é uma cicatriz aberta - mas reconheço que ganhei grandes anjos da guarda.

A verdade é que em grande parte do ano, vivi como se fosse o último dia da minha jornada: Acordei tarde (coisa que amo verdadeiramente), entreguei meu tempo à pessoas que realmente precisam dele e dediquei-me a experimentar novos projetos, objetivos e conceitos.

À você, companheiro de jornada, que esse novo ano represente muito mais do que planos e metas: a magia da vida esta aí fora, esperando para ser vivida...

Vista seu melhor sorriso... E feliz (re)começo!

3 comentários:

  1. Querida Evelin!!! Tava sentindo falta desse BLOG!!!! Tenho visto poucas coisas suas no FACE e agora entendo o motive. Esse jovem lindo e sorridente que teve a sorte de te encontrar. Que seu caminho seja abencoado. Assim como minha filha esta feliz com o namorado dela, torco tb por voce que e tb um pouco minha fiha nessa jornada que nos colocou em contato virtual. Sonho um dia te conhecer, ou Maisa. Tenho enviado alguns whatsapp e msg aqui. Tenho voce sempre em minhas oracoes. Beijos (AnaAguiar)

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  2. Bom dia. Belo texto. Inspirador. Forte abraço.

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  3. A essência está em como vivemos cada momento, que neste ano de 2015, todos nós aprendamos a amar, a trabalhar e a servir no bem, de forma espontânea, sem esperar qualquer retorno.

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